Daí que, dia desses, eu tava no ônibus, voltando pra casa, e tinha uma mulher em pé, segurando umas sacolas. Ok. Alguns pontos depois, entrou um cara.
Ele e a mulher obviamente se conheciam. Assim que ela o viu, ficou bastante alterada, começou a balançar a cabeça pros lados, se mexer meio freneticamente. Ele chegou perto dela, todo simpático: "Oi, tudo bem?".
A partir daí, a mulher começou a dar piti. Um piti contido, em voz baixa, sem causar, mas claramente um piti. Ela estava puta da vida.
E aí, no meio do piti, ela soltou essa:
- Quando a gente era amante, você me levava nos lugares, agora que nós somos marido e mulher, você não me leva mais.
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(silêncio constrangedor)
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- Pois é, né... - ele disse, enquanto procurava um buraco pra se enfiar.
Aí, tentando minimizar o estrago, ele pegou uma das sacolas que ela carregava e disse:
- Quando a gente era amante, eu não carregava as coisas pra você, agora eu carrego. Hehe.
E depois desse brilhante exemplo de paradoxo do matrimônio moderno, os dois desceram no próximo ponto, cada um com sua sacola.
2 comentários:
sobrinho, pare de prestar atenção na vida dos outros! não é essa a educação da nossa família!
Victor, me diz que vc inventou isso...
É muito triste!!!
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