terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Around São Paulo - Michel Gondry (parte 1)

Segunda-feira foi o último dia de uma jornada pessoal minha. Uma jornada que começou na sexta-feira e durou três dias (domingo não conta). Uma jornada em busca de Michel Gondry.

Para quem não conhece, Michel Gondry é um dos melhores diretores do mundo, prazer. Ficou famoso pelos filmes – os excelentes Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e Sonhando Acordado –, mas já era hype bem antes disso por causa dos clipes que dirigia para gente como Bjork, Kylie Minogue e The Vines.

O videoclipe mais famoso do Gondry é Around The World, do Daft Punk, o famigerado clipe das caveirinhas. Mas sua obra-prima, na minha opinião, é Let Forever Be, dos Chemical Brothers. É inovador, diferente, criativo, bonito. O melhor videoclipe do mundo.

Gondry veio ao Brasil para o lançamento de “Rebobine, Por Favor – A Exposição”, mostra que é baseada no mais recente filme dele e que está montada no MIS. Ele veio e eu fui atrás.

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Tudo começou na sexta. Gondry ia dar uma entrevista coletiva no MIS. Providenciei minha credencial, pedi folga do trabalho e fui.

Já começou dando errado: coloquei o despertador para despertar mais tarde, em vez de mais cedo, e saí beeem atrasado pro evento. Mesmo assim, consegui a proeza de sair da minha casa, em Santo André, às 8h30, e chegar no cruzamento da Paulista com a Consolação, em São Paulo, às 10h. A entrevista era às 10h. Peguei um táxi até o MIS.

A corrida custou R$ 10, um real para cada minuto que atrasei. Tudo para chegar lá e descobrir: a entrevista tinha sido adiada pras 11h30. Sendo que, na verdade, ela só foi começar depois do meio-dia. Me fudi, mas pelo menos não perdi nada.

A entrevista em si foi meio confusa. Tanto pelo misto de francês e inglês que o Gondry falava como pelas perguntas esdrúxulas de alguns jornalistas. Mas beleza, anotei tudo que precisava. Na saída, consegui um autógrafo meio mecânico no meu caderno – Gondry, andando e sendo assediado por outros jornalistas-tietes, estava meio sem condições de dar autógrafos decentes.

Resignei-me. Mas minha jornada estava só no começo...

 

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