sábado, 4 de abril de 2009

O show do Radiohead

 
É, o blog tá meio às moscas né, mas não tem problema, porque tia Vânia tá com o PC na assistência técnica mesmo.

Tanto é que hoje vou falar de um assunto de 15 dias atrás. Com vocês:

Meu show do Radiohead

"This is what you get, when you mess with us"

Eu não sou fã do Radiohead. Nunca fui. O mais perto que cheguei de ser foi gravar o clipe de Fake Plastic Trees em VHS, na época em que passava, e ficar assistindo repetidas vezes na sala de casa, de tão legal que era. Mas isso eu fiz com muitos clipes.

Quando anunciaram o show, há tantos anos prometido, resolvi comprar um ingresso. Achei que, até a data chegar, dava tempo de gostar da banda. Fora o fato de querer saber o que o Radiohead tinha que atraía tanta gente.

Procrastinador como sou, deixei pra ouvir Radiohead só quando o show já estava perto. Gostei das músicas do The Bends. Dormi nas do Kid A e Amnesiac. O disco novo, que eu já tinha ouvido na época do lançamento, não fede nem cheira. Gostar mesmo, de viciar, só de uma música, Just. Previ então muitos bocejos para o show.

Meu pai do céu, nunca foi tão bom estar errado. O Radiohead tem um show demolidor, que pega você pela garganta mesmo. Músicas intensas, envolventes, tocadas com vontade, e sem sinal de egotrip. Sabe quando você faz bem um trabalho, porque já faz há muito tempo e conhece o processo de cabo a rabo? O show do Radiohead é assim, um show de gente que se especializou em fazer isso.

Claro que as músicas ajudam, outro mérito da banda. Quem tem no repertório uma Karma Police, uma Jigsaw Falling Into Place, quase não tem como fazer feio. E que bonito foi ver as pessoas cantando Paranoid Android depois do fim da música, e Thom Yorke retomando a canção por causa disso. Ou o coro de 30 mil pessoas cantando Creep (alguém na face da Terra não sabe o refrão dessa música?).

Detalhe que não tocaram Just, grande injustiça. Mas tocaram Fake Plastic Trees, que me lavou a alma, de verdade.

O festival de luzes e cores no cenário, que eu sempre tive como desnecessário para um show de rock, foi um espetáculo à parte. Me fez mudar de opinião, até. Os recursos técnicos, quando usados com competência e bom senso, podem sim ser um complemento perfeito para o som. Nesse show, eles eram a encarnação visual e estroboscópica do delírio das músicas. O transe era quase automático.

Foi um dos melhores shows da minha vida. O que os Hives esbanjaram em presença de palco, o Radiohead compensou (e ultrapassou) com a combinação perfeita entre música e cenário. Valeu o dinheiro do ingresso e o stress com a péssima organização. Espero um dia poder ver de novo. Com a mesma energia. E com Just, se der.

 

Um comentário:

tatiana_zzz disse...

Só citou as punks. Amo.
Radiohead na veia.
(Também andei mudando meus conceitos, bgs) ^^