sábado, 14 de fevereiro de 2009

Jason is back, baby!


Hoje eu fui ver Sexta-Feira 13, o remake. Na inviabilidade de achar alguém pra ir comigo, fui sozinho. E ok, confesso que eu esperava mais, mas não deixei de sair do cinema satisfeito. Jason é vida!

Comecei a gostar de filmes de terror nos bons tempos de Cine Trash, da Band. Antes disso, porém, quando eu era mais pequeno, já ficava espiando as capas dos VHS de terror sempre que ia na locadora alugar fita de videogame. Era o máximo! Eu ia pra seção de terror com o Donkey Kong nas mãos e ficava lá espiando os Faces da Morte, Horas do Espanto, Amityvilles e afins que pipocavam nas prateleiras.

Eu lembro inclusive de uma fita chamada Autópsia que era, pura e simplesmente, a filmagem de uma autópsia real, feita para fins acadêmicos, mas lançada em vídeo para fins capitalistas. A capa trazia a defunta peladona e o carinha com o bisturi em riste. Essa fita, devido à absoluta falta de noção da locadora, ficava do lado do caixa, e aí eu sempre dava uma espiadinha enquanto a atendente afro-ruiva registrava meus pedidos.

(A atendente afro-ruiva, inclusive, fazia uma cara de cu espetacular quando me pegava olhando pra tal fita. Ela sumiu depois de um tempo, mas jamais esquecerei sua impagável expressão que misturava ódio, desprezo e amargura-de-estar-aqui-atendendo-adolescente-enquanto-minha-carreira-de-modelo-atriz-e-manequim-não-decola.)

Mas voltando. Eu adorava que, nos anos 90, os filmes de terror dos anos 80 ainda não eram cults o suficiente pra ficar aparecendo em listinha de revista teen. Jason era coisa de gente feia e mal-lavada. Era quase socialmente condenável, pelo menos na minha visão de guri de treze anos. Talvez por isso fosse tão legal ver Cine Trash escondido, e depois o TV Terror. Assistir chacina carnavalesca era minha subversão adolescente.

Daí que, depois de anos vendo aqueles filmes com assassinos mascarados e mortes sangrentas, de repente me vi carente dessas produções. Nada bom do gênero slasher foi feito dos anos 90 pra frente. Pânico é uma bosta completa, sorry, e os genéricos também. A única coisa digna de nota foi Halloween H20, que trouxe Michael Myers, o maior de todos, em boa forma.

E agora temos esse Sexta-Feira 13 novo, com peitos de fora, mortes sangrentas e tudo mais a que temos direito. Não é tão bom quanto os filmes velhos e tem alguns absurdos (Jason usando arco e flecha? Q), mas no geral, vale a sessão.

E me lembra os bons tempos que eu passei debaixo das cobertas vendo o velho Jason apunhalando, esfaqueando, empalando, decapitando com socos, enforcando com arame farpado, esmagando crânios com as mãos, atravessando estômagos com o braço, arrancando corações na unha e tudo mais que a galera gosta.

Bem-vindo de volta, Jason!

Jason analisa a nova safra: “Crianças japonesas, zumbis que correm, uma bruxa que não aparece... ai minha paciência”

 

2 comentários:

Luiza Judice disse...

"(Jason usando arco e flecha? Q)"
hahahahahhah

Cara, nunca assisti Jason. Não curto filmes de terror, mas de matança e tal são divertidos.

beijo, vic.

Thiago Apenas disse...

Jason + Jovens mulheres correndo + peitos de fora = O melhor do terror!!!

Chupa "O grito"