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domingo, 2 de novembro de 2008

Sou mais o ET

Existem muitas coisas de que eu sinto falta, hoje em dia, da TV Globo de antigamente: o chef da TV Colosso chamando a cachorrada pra almoçar (estudava de manhã, então era a única parte que conseguia ver), Caco Antibes falando "calaboca" pra Magda e "você me beijou! Eu gostei!" pro Ribamar, Natasha dançando e caçando vampiros em Vamp (chupa, Buffy), Dercy Gonçalves jogando o Jogo da Velha, He-Man e She-Ra aos sábados, a ponte do rio que cai, Malhação com gente malhando, o cabelo original da Glória Maria...

Mas se tem uma coisa que marcou minha infância do mesmo jeito que ferro quente marca a bunda de gado, foram os ETs do Fantástico. Quem viveu o começo dos anos 90 sabe que, todo domingo, invariavelmente, tinha matéria sobre ET no Fantástico, uma mais bizarra que a outra.

Eu morria de medo, do tipo de dormir com a cabeça embaixo do cobertor, mas assistia sempre. Era o máximo, com as filmagens de OVNIs em vários lugares do mundo, os relatos dos abduzidos, os retratos falados dos ETs... heavy shit.
 
Pois eis que, procurando na net o famosíssimo vídeo da autópsia do ET, me deparei com este blog. Desconheço o autor, mas ele gosta de Calvin, então é meu amigo.
 
O post linkado formula uma teoria interessantíssima:
 
"Explicarei minha teoria: me considero parte da Geração ET do Fantástico.(...) Fazem parte dessa geração os nascidos entre 1984 e 1986, aproximadamente, mas pode respingar um pouco pra cima ou um pouco pra baixo.(...) Este grupo, na verdade, está num grande limbo. Não pertenceu a nenhum grande movimento, não foi pioneiro em nada, e hoje vive com os pés bem plantados no chão. É a geração intermediária entres os grunges da MTV dos 90's e os emos da MTV dos 00's. (...)Atualmente, essa geração está na fase de dar um rumo a suas vidas. Estão vivendo um grande dilema: apesar de não querer virar adulto de uma vez por todas, já não somos mais como os adolescentes "de hoje em dia", que já fazem aos 12 anos coisas que a geração ET nem sonhava em fazer naquela época."

Gente, como diria o jingle, é fan-tás-ti-co! Achei uma descrição perfeita de mim mesmo. Minha geração, que eu até hoje credito a um baby boom pós-ditadura, sempre ficou nesse limbo entre a breguice dos anos 80 e a tecnologia dos 00, meio que presa à identidade dos anos 90, que é, no fim, uma não-identidade. (Ó! Filosofei legal agora hein? Chico Nunes, me liga).

Mas agora eu achei um rótulo pra chamar de meu. Faço parte da Geração ET do Fantástico. Vou até mandar fazer uma camiseta: 100% ET do Fantástico, pra usar quando eu vencer a Copa do Mundo e for levantar a taça.

Depois dessa, vou até fazer comunidade no orkut.
 
ET fidumégua, me roubou noites inteiras de sono e era fake