quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mestre

Por razões profissionais, atendo o telefone de casa falando meu nome. Semana passada, me ligou um cara:

Eu: Victor

Cara: MESTRE?!?

Eu: Ahn... Victor

Cara: MESTRE??

Eu: Não, aqui é VICTOR ouviu ou quer que eu desenhe?

Cara: Não é da casa do Mestre José de Almeida??

Eu: Não, não tem ninguém aqui com esse nome

Cara: Ah, desculpa então...


Confesso que, depois de meu desejo inconsciente de ter um subordinado me venerando e me chamando de mestre ter sido finalmente saciado, fiquei imaginando que tipo de conversa o cara iria ter quando achasse o número certo...

sábado, 23 de agosto de 2008

Olimpíadas my ass - parte 4

As olimpíadas acabaram e, com elas, a nossa série Olimpíadas my ass, que trouxe apenas rankings exclusivos e sem nenhuma chance de serem transmitidos na Globo com Galvão Bueno gritando “acabooooouu” no fim.

Este último ranking é especial para todos aqueles que já sentiram vontade de viver como Adão e Eva, com o vento batendo nos pentelhos e a liberdade sendo expirada por cada poro.

Com vocês,

Os melhores personagens da ficção que usam camisa mas não usam calça

5. Diddy Kong

Nós sabemos que a família Kong não é muito afeita a roupas – Donkey, o patriarca, andava apenas de gravata e olhe lá. Mas Diddy, apesar de ser liso como uma uva madura, talvez devesse respeitar a namorada e cobrir o lado de baixo. Se bem que Dixie também era uma nudista inveterada...

O que o cu tem a vê cas calça: Semi-nudistas sim, pedófilos não. Quando Kiddy Kong entrou para a família, seu macacão infantil tratava de cobrir qualquer indecência.

4. Tiny Toons

Depois dos nudistas Pernalonga e Patolino, a Warner decidiu que sua nova geração de cartoons falantes deveria usar roupas. Mas não calças! Perninha usa sua tradicional camisa azul, enquanto o Plucky usa uma regatinha branca. Já Roy, o demônio da Tazmania, é mais rock’n roll ainda e usa só um girocóptero na cabeça.

O que o cu tem a vê cas calça: Entre as meninas, só a pata Leiloca é adepta da moda ‘camisa sem calça’. Lilica permanece com sua minissaia roxa (e que nunca revela ângulos indecentes, incrível!), mas a gambá Fifi, em compensação, anda só com um laço na cabeça.

3. Wakko

O mais retardado dos Animaniacs só podia ser, obviamente, o mais afeito a andar com as partes íntimas para fora. Sempre com seu bonezinho virado e sua língua pendurada no canto da boca, Wakko saía da caixa d'água da Warner vestindo apenas sua clássica blusa azul.

O que o cu tem a vê cas calça: Wakko provou que o nudismo é um método de eficácia comprovada pra pegar mulher. Volta e meia, o desenho terminava com ele no colo de alguma loira boazuda. Oláááááá, enfermeira!

2. Pato Donald

Senhoras e senhores, uma salva de palmas para o mestre! Ele foi o desbravador, o pioneiro, o grande mito. Semi-nudista desde os anos 30, quando a moda ainda era muito mais pudica, Donald abriu caminho para toda uma legião de desenhos animados que largaram o incômodo das indumentárias e resolveram ser felizes – incluindo seus sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luizinho, herdeiros do legado.

O que o cu tem a vê cas calça: Donald também foi o criador da maior tradição semi-nudista dos cartoons: não usar calças e, mesmo assim, enrolar uma toalha na cintura ao sair do banho. Gênio!

1. Dino da Silva Sauro

Ser semi-nudista é muito fácil quando você é feito de papel e tinta. Mas Dino da Silva Sauro, nosso primeiro colocado, foi pioneiro em tirar a moda ‘blusa sem calça’ das pranchetas e levá-la para o mundo real. E mais: para dentro do próprio lar! E MAIS: para as telas de TV de todo homo sapiens me-acho-evoluído-porque-uso-calças. O resultado não poderia ser outro senão o sucesso absoluto.

O que o cu tem a vê cas calça: Dino não apenas conquistou o direito de andar por aí com as coisas pra fora, como também espalhou a moda entre amigos e familiares. Bobby e Charlene, os filhos, não usam calças, e você pode apostar que Baby, quando sair das fraldas, não usará também.

Menção Honrosa: Pequena Sereia

Tudo bem, ela tem um rabo no lugar das pernas e não possui, portanto, nada muito indecente para esconder. Mas ela usa um top, não usa? E deve se reproduzir de algum jeito, não deve? Então cabia ali uma saia de algas marinhas, um cinto de conchinhas, uma tanga de crustáceos, sei lá. Mas Ariel é uma sereia emancipada e não tem vergonha de sair por aí com o rabo descoberto.

O que o cu tem a vê cas calça: Responda rápido: você nunca teve vontade de saber como as sereias fazem neném? Pois é, nós também...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Olimpíadas my ass - parte 3

Todo mundo sabe que videogame é muuuuuito mais legal do que esporte. É por isso que o nosso próximo pódio de coisas-que-você-não-verá-na-Globo-comentadas-por-Tande-e- Oscar-Schmidt é de:

As melhores bizarrices que fazem os games dos anos 90 rularem tetas*

5. O carro da fase bônus de Street Fighter

Existe algo mais irritante do que essa fase bônus de Street Fighter II? O tempo é pouco, o carrinho não quebra de jeito nenhum e os personagens, em sua maioria, não respondem aos comandos com a agilidade necessária para destruir a bagaça.

Por que ruleia: A destruição do carro valia pontos extras, o que, num jogo de luta como Street Fighter, é o mesmo que valer absolutamente nada. Mesmo assim, todo mundo se matava para acabar com o negócio.

4. Socar seu parceiro no Double Dragon

Se havia algo que diferenciava Double Dragon de outros clássicos como Streets of Rage era o fato de que, durante todo o game, você podia dar porrada no seu companheiro até matá-lo. Isso era especialmente útil se você jogava com amigos ou familiares e desejava se vingar deles de forma saudável.

Por que ruleia: Porque, além de permitir espancar os seus amiguinhos, esse recurso também mostrava que a vingança é um prato que se come cru: se você matasse seu companheiro, ele podia voltar à vida roubando seus continues =P

3. Samus era mulher

Metroid é um verdadeiro totem dos games de side-scrolling, e sua história e gameplay já seriam suficientes para eternizá-lo no coração dos jogadores. Mas os criadores ainda reservaram uma pequena e inovadora surpresa: no final do jogo, o caçador espacial Samus Aran tira a armadura e revela ser... uma mulher?!?

Por que ruleia: Lara Croft e cia. têm muito a agradecer: a cena de Samus revelando sua identidade teve, para os videogames, o mesmo efeito que as fogueiras de sutiã tiveram para o mundo real. É claro que o fato de Samus ser uma ruiva gostosérrima e só usar um biquíni vermelho era apenas um detalhe.

2. Os fatalities de Mortal Kombat

Seja derretendo seu inimigo com uma cusparada de ácido, sugando suas entranhas pela boca ou empalando-o com uma vara e chacoalhando-o até os órgãos se soltarem, finalizar a luta em Mortal Kombat era sempre uma experiência única.

Por que ruleia: Destruir os oponentes de forma sangrenta era tão legal que virou questão de honra decorar os comandos dos fatalities, mais até do que saber os macetes para ganhar as lutas.


1. Cavalgar bichos indefesos e sacrificá-los depois

Esqueçam os jogos de corrida. Legal mesmo era pilotar os dinossauros cuspidores de fogo em Golden Axe, os Yoshis coloridos e linguarudos em Super Mario World, os rinocerontes e avestruzes em Donkey Kong e os coelhinhos fofinhos em Bomberman. Nos games dos anos 90, nada era mais megalomaníaco, primitivo e supercool do que montar numa dessas criaturinhas e obrigá-la a carregar seu personagem no lombo até a próxima fase.

Por que ruleia: Invariavelmente, as criaturinhas tinham que sacrificar a própria vida para que o personagem principal pudesse seguir em frente. Mas, mesmo assim, elas nunca abandonavam os heróis e sempre se permitiam ser exploradas novamente. Kim Jong-il, Mao Tse-Tung e cia. devem ter aprendido muita coisa jogando videogame.






















*Obrigado ao Thales, que ajudou com idéias para o post

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Brasil perdeu por minha causa

Hoje, no exato momento em que eu liguei a televisão, a Argentina fez o primeiro gol.

Na hora em que eu coloquei no mudo para falar com minha empregada, a Argentina fez o segundo.

Na hora em que eu tirei do jogo para dar uma zapeadinha nos outros canais, a Argentina fez o terceiro.

Tenho motivos para acreditar que meu aparelho televisor estava de alguma forma ligado a Pequim, e que teve influência direta no resultado do jogo.

Só falta agora alguém da delegação de futebol pegar pneumonia e morrer.

Não duvidem de nosso poder.

domingo, 17 de agosto de 2008

Olimpíadas my ass - parte 2

Em mais um post heróico contra a praga olímpica, o Prefiro pegar pneumonia e morrer traz aos dois leitores deste blog (minha tia Vânia de Botucatu, sempre antenada, e meu eu-lírico) mais um post com um pódio que você nunca verá sendo narrado na televisão pelo Cléber Machado.

Com vocês,

As piores músicas de axé clássico que você já dançou


5. Banda Beijo - Maionese

Eu não me lembro da música que lançou a Banda Beijo, mas sei que não foi essa. O problema é que, tendo torrado todos os neurônios possíveis com o primeiro hit, o grupo se saiu com essa pérola em que o refrão não rima e em que a letra, utilizando a bizarra metáfora do condimento para saladas, faz uma apologia joselita à violência doméstica.

Versos inesquecíveis: “Mai-o-ne-se / Ele me bate bate feito maionese / E o que eu tinha tomado subiu direto e foi pra cabeça”

4. Cheiro de Amor - Vai sacudir, vai abalar

A banda Cheiro de Amor, baiana por excelência, até tentava posar de sofisticada com os clipes na MTV e tal, mas axézeiro que é axézeiro não consegue esconder suas raízes. Ainda mais com essa música que – tirando um trechinho esdrúxulo sobre “tambores e repiques” que ninguém lembra – praticamente só tinha o refrão.

Versos inesquecíveis: “Vai sacudir, vai abalar / Quando o meu amor passar / Explode coração, é muita emoção no ar / MAS VAI, vai sacudir...”


3. Ricardo Chaves - É o bicho

Ricardo Chaves, grande contribuinte do folclore axézístico brasileiro, criou esse, que talvez seja seu hit máximo, numa época em que o próprio axé ainda não tinha tanta força. E já começou estabelecendo pilares, como os versos onomatopéicos, a letra com estrofe única que se repete eternamente e, é claro, a referência zoófila, que foi aperfeiçoada por Ivete Sangalo em seu hit Canibal.

Versos inesquecíveis: “É o bicho, é o bicho / Vou te devorar / Crocodilo eu sou”


2. Chiclete com Banana - Meu cabelo duro é assim

Chiclete com Banana é uma banda que existe desde antes de seus pais nascerem e que vai existir ainda por muito tempo depois que seus netos morrerem. Este hit sobre cabelo pixaim mostra o talento da banda em criar músicas a partir de qualquer fiapo de tema, como uma casca de feijão no dente da mulher amada ou um pedaço de unha cortada caído na ladeira do Pelô.

Versos inesquecíveis: “Meu cabelo duro é assim / Cabelo duro de pixaim / Chiclete com banana / Chiclete com banana”

1. Grupo Cafuné - Melô do Pirulito

A cronologia axézística é complicada, já que, a rigor, todas as bandas existem desde a construção do Pelourinho e se revezam na hora de fazer sucesso. Mas o Melô do Pirulito, clássico roots do repertório sacaninha brasileiro, merece ser lembrado por ter aberto as portas para todos os Tchans e Cias. do Pagode que vieram depois. Tudo isso por causa da letra sobre o pirulito que “se for grandão, é do Ricardão” e “você pode chupar que lambuza sua boca”. Perto deles, Cumpadre Washington será sempre apenas um gafanhoto.

Versos inesquecíveis: “Olha o piu piu ô, pirulitô / Olha o piu piu ô mãe, pirulitô!”

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Olimpíadas my ass - parte 1

Como todos sabem, estamos em época de Olimpíadas. Isso significa que o Prefiro pegar pneumonia e morrer, como um bom blog brasileiro, vai dedicar atenção especial aos jogos e trazer posts especiais sobre nossos atletas e sobre a magia de Pequim, certo?

ERRADO. Olimpíada é na casa do caralho! No meio do cu do Galvão Bueno!

Para fugir das olimpíadas, o Prefiro pegar pneumonia trará uma série de posts só com pódios de coisas que não têm nada a ver com esporte, essa atividade suadeira e aviltantemente socializante. E para começar:

Os melhores piores programas da MTV que ninguém lembra


1. Blá Blá Blá MTV

A idéia era daquelas "meio bestas mas que podem dar certo": lá pelos idos de 1997, 1998, no comecinho da internet no país, a MTV criou uma sala de bate-papo em seu website e, toda semana, durante meia-hora, transmitia o negócio ao vivo na programação.

Era bom porque: nos primórdios da web, já era uma tentativa de integração entre duas mídias.

Era ruim porque: imagine um bate-papo desses que o Uol tem. Agora imagine 30 minutos do horário nobre tomados por essa asneira. Só não era pior porque o miguxês e seus adeptos ainda não existiam naquela época.


2. Liquid Television

Bloco com desenhos adultos (?) e experimentais (??) da MTV americana, que teve colaborações de gente como Art Spiegelman e ganhou o Emmy. Passava de manhã, tornando-se meio que a opção indie da emissora adolescente para a Sessão Desenho da Vovó Mafalda.

Era bom porque: trouxe para o Brasil animações realmente adultas e experimentais, como Dog-Boy e Aeon Flux.

Era ruim porque: os desenhos às vezes eram tão viajantes, mas tão viajantes, que não faziam sentido. Mas, hey, David Lynch também não faz, e olha onde ele foi parar.


3. Garganta e Torcicolo

Game-show com João Gordo em que os participantes controlavam dois monstros em joguinhos sangrentos. Tinha participação da ovelha Giselda e foi o debut do boneco Fudêncio.

Era bom porque: tinha humor negro, tosqueiras e João Gordo antes dele ficar chato.

Era ruim porque: João Gordo enrolava muito e pouca gente conseguia jogar a cada programa. Como resultado, nunca participei, mágoa eterna.


4. Moda Esporte Clube

Poperô jornalístico que tentava misturar pautas de moda e comportamento com pautas musicais. Era apresentado pela modelo e musa Carolina Sá.

Era bom porque: tinha a Carolina Sá. Do que mais você precisa?

Era ruim porque: como todo programa de “variedades”, praticamente não tinha conteúdo. Passava de sábado à noite, então praticamente não tinha espectadores também.


5. Barraco MTV

Apresentado por Astrid e, depois, Soninha (antes de suas aventuras pela Câmara), era uma mesa-redonda com cenário de favela e uma pauta polêmica a cada edição. Tipo o Debate MTV de hoje, mas interessante.

Era bom porque: Soninha sabia conduzir as discussões e os convidados, escolhidos a dedo, realmente permitiam que se tirasse proveito das conversas.

Era ruim porque: Pouquíssimo instruídos pela produção sobre porte televisivo, os convidados atropelavam-se uns aos outros como se não houvesse amanhã.

Podcast de Arquivo X

Já está no ar o podcast do filme Arquivo X - Eu Quero Acreditar, disponibilizado pelo site Box Fechado. Confira aqui.

Participei como convidado e a gravação realmente ficou muito divertida. Não deixe de ouvir.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Chana e Piroska

Já faz alguns anos que a seleção de hand feminino possui a atleta mais bem-nomeada do Brasil, a goleira Chana. Também já deve fazer muitos anos que a moça deve ouvir piadas infames por causa da escolha joselita de sua mãe.

Mas nenhum momento na carreira de Chana superará a partida que ocorreu na última segunda-feira, dia 11/08, entre Brasil e Hungria pelos jogos olímpicos.

Por quê?





Bom, essa é a Chana, goleira do Brasil.









E essa é a pivô da Hungria, Piroska.








As perguntas antes da partida eram muitas:
  • Quando a Piroska penetra pelas laterais, a Chana tem que se movimentar mais?
  • A Piroska ataca mais pela direita ou é mais torta pra esquerda?
  • E se a Piroska entrar no arco da Chana com bola e tudo?
  • É difícil segurar as bolas com a Piroska entrando pelo meio?
  • Será que as bolas da Piroska vão deixar a Chana mais vazada?
Porém, depois do final da partida, em que o Brasil cedeu o empate no último minuto, ficou apenas uma certeza: a Chana amarelou.


Obs.: a dica veio do Nossa, Canossa!, que faz a melhor cobertura atual das olimpíadas na internet.

Obs. 2: a brincadeira com a Chana é só maldade mesmo, mas que a seleção amarelou, isso é fato

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Candidatos imbecis, jingles cretinos

Época de eleição é uma merda. Não bastasse termos que ver Maluf e Marta na TV quase que diariamente, ainda temos de emprestar o ouvido como pinico para alguns candidatos. Tipo um lazarento filho duma puta cidadão cujo carro de som passa umas três vezes por dia na minha rua, trazendo a seguinte musiquinha (com ritminho de Só Pra Contrariar):

Ô ô ô
Digite no computador
Setenta mil duzentos e doze
para vereador

Ô ô ô
Fulano Cicrano pra vereador
Setenta mil duzentos e doze
Digite no computador *

Um sujeito desses merece ou não merece morrer afogado em água fervente?

E isso porque não falei do inteligente que resolveu emprestar a música Xibom Xibom do grupo As Meninas e fazer um jingle assim:

E o motivo todo mundo já conhece
É que o Beltrano põe a mão
A coisa acontece

Pra cuidar da sua saúde
É O BELTRANO
Pra cuidar do seu transporte
É O BELTRANO
Pra tratar da educação
É O BELTRANO
Ele é o homem da nação
É O BELTRANO

E, como se isso não bastasse, eu ainda vou ser mesário...


*Obs.: nome e número foram modificados para não fazermos propaganda desse fdp

sábado, 9 de agosto de 2008

A pneumonia pega mais um


Bernie Mac pegou pneumonia e morreu.

Confesso que, tirando os horríveis e modorrentos filmes da saga Onze coadjuvantes e um ego-do-George-Clooney Onze Homens e Um Segredo, não conheci muito da sua carreira, exceto pelo chatinho As Panteras Detonando (que assisti no cinema, vejam vocês, porque resolveram mudar A Viagem de Chihiro de horário sem avisar). Mas que vá em paz.

Já é o segundo famoso a morrer de pneumonia desde que este blog foi reativado.

E você ainda duvidava do nosso poder. Rá! In your face!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mulder, Scully e os 37 coroinhas

Padre Joe: "I see dead people altar boys"

Acabei não postando minhas impressões do filme de Arquivo X porque todos os blogs e sites de cinema do mundo acabaram por publicar o que eu (e muitos fãs) sentimos. Preferi não chover no molhado.

A favor do filme, posso dizer que ele não é uma porcaria e que tem, sim, seus méritos, como a renovação do conflito entre Mulder e Scully (ela evoluiu, ele não), a boa condução da trama paralela de Scully no hospital, a dinâmica dos protagonistas (mais por causa dos atores do que do roteiro) e os espertos primeiros 30 minutos de filme, que conduzem a história com dignidade antes dela desandar. O resto é resto.

Mas existe algo que poucas pessoas apontaram e que, ontem, ao gravar o podcast com a turma do Box Fechado (disponível depois do dia 15), eu acabei reparando no quanto me incomoda.

Padre Joe, o vidente da trama, é um religioso que, nós descobrimos logo no começo, molestou 37 coroinhas. Isso mesmo, TRINTA E SETE coroinhas.

Minha gente, COMO ALGUÉM MOLESTA 37 CRIANÇAS SEM SER DESCOBERTO?? É um recorde pedófilo!! Padre Joe nas Olimpíadas da China!!

Isso sem falar que, pra ter abusado de 37, ele deve ter ficado uns 20 anos molestando um atrás do outro pra dar tempo de molestar todo mundo.

Além disso, como alguém que molesta TRINTA E SETE CRIANÇAS (dá três times de futebol gente, mais os técnicos e um galvão bueno) pode posar de mocinho num filme? Pior, pode dizer que recebe visões de Deus?? Nem em Arquivo X Deus seria tão complacente com uma criatura dessas! Porque se ele tivesse molestado duas, três, até dava pra culpar a doença, mas TRINTA E SETE, é porque o cara já era total malandrops!

(37 abusos deve ter sido tipo idéia do sobrinho do Chris Carter pra deixar o roteiro "mais legal")

Afe!